terça-feira, 17 de agosto de 2010

Folclore

BRINQUEDO CANTADO



Uma das atividades físicas mais aplicáveis à recreação das crianças é, sem dúvida, o brinquedo cantado. Em todas as partes do mundo, ao passarmos por uma rua, onde crianças brincam despreocupadamente, é comum ver-se, de maneira natural e espontânea, a utilização do brinquedo cantado, em qualquer das suas formas.

No Brasil, esses brinquedos cantados sofreram a influência das músicas do elemento português e do africano, ameríndios e, em menor proporção, de outros povos.

Considerando-se, entretanto, o fato inegável de que cada povo tem a sua índole própria, os brinquedos cantados, de origem tão diversificada, vêm sofrendo variações, deformações e transformações lentas, mas seguras, apresentando-se, em nossos dias, com um cunho eminentemente nacional.

ATIVIDADE:  Sentados em círculo, passando um objeto (pequeno) para o colega do lado, ao ritmo da canção. Em zigue, zigue, zá, batem o objeto no chão, sem passá-lo e repete.
  
ESCRAVOS DE JÓ

Escravos de Jô

Jogavam caxangá

Tira, bota.

Deixa o zambelê, ficar.

Guerreiros com guerreiros

Fazem zigue, zigue, zá 2x

 
ATIVIDADE: Sentado em círculo quatro crianças cantarão fazendo gestos com as mãos.

 
EU COM AS QUATRO

Eu com as quatro

Eu com ela

Eu sem ela

Eu por cima

Eu por baixo

Eu coma as quatro



BRINCADEIRAS TRADICIONAIS INFANTIS


A brincadeira tradicional infantil, uma das representações folclóricas, baseada na mentalidade popular, se expressa, sobretudo, pela oralidade, é considerada como parte da cultura popular. Neste sentido, a brincadeira tradicional é uma forma de preservar a produção cultural de povo num certo período histórico.

As brincadeiras tradicionais infantis são fontes enriquecedoras enquanto resgate da cultura e prática do lúdico na constituição de grupos.

Podemos citar algumas brincadeiras:

AMARELINHA: desenhe no chão um diagrama como este que está ai embaixo. Quem for jogar lança uma pedra, mirando no número 1. se acertar, pula num pé só no número 2 e depois no 3. em seguida, pula colocando um pé no número 4 e o outro no 5 e assim até chegar no número 10.

Começa tudo de novo, só que dessa vez, tem de mirar a pedra no número 2 e pular num pé só direto no número 3. E assim vai a brincadeira, até que o jogador erre e passe a vez para o próximo companheiro. Quem sai do jogo, quando volta, começa de onde errou.

Você também pode jogar amarelinha sozinho. Quando errar comece do número 1.

 
PASSA-ANEL: As crianças devem ficar em roda, com as palmas das mãos juntas. O professor pega o anel e com as mãos juntas, vai passando entre as mãos das crianças de uma a uma., deixando o anel na mão de uma delas, tendo o cuidado de não deixar ninguém ver, e pergunta: - O anelzinho voou, voou, , caiu nas mãos de quem?

Quem descobrir continua a brincadeira no lugar da educadora. Se alguém descobrir, acriança que está com o anel continua a brincadeira.
 
PEGADOR: A educadora faz unidunidê para escolher o pegador. Quem for escolhido deve ser o pegador. A criança corre atrás da turma e aquela que for pegar vai iniciar a brincadeira.

UNIDUNIDÊ, SALAMÊ MINGUÊ.

O SORVETE COLORIDO

O ESCOLHIDO FOI VOCÊ.

 
PIQUE COM BOLA: Formar um círculo com todas as crianças, com espaço entre elas. Uma será escolhida para ficar no meio do círculo com uma bola. Dado o sinal, a criança jogará a bola para qualquer colega e em seguida sairá do seu lugar. Este toma a bola, corre para o centro do círculo e continua a brincadeira.
 
ESCONDE-ESCONDE: escolha um lugar para ser o pique e quem vai ficar nele. O jogador escolhido fica de costas e de olhos fechados no pique, contando até o número combinado.

Enquanto isso, o resto do grupo tem de se esconder. Quando termina de contar, o jogador procura os companheiros. Quem está escondido tem que correr até o pique para se salvar. Quando encontra alguém , o jogador que está procurando tem de voltar ao pique e dizer onde é que viu o companheiro. Se o jogador encontrado chegar ao pique antes do perseguidor, ele se salva. O primeiro que for pego é o perseguidor na próxima jogada. Se todo mundo for salvo, a brincadeira continua com o mesmo perseguidor.
 
DANÇA DA CADEIRA:
Objetivo: Reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos nomes de todos os colegas.

Materiais: Fichas com a escrita de todos os nomes ( uma para cada nome ) e cadeiras.

Procedimentos:

 O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras.

 Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem as nas cadeiras.

 Inicia-se a dança das cadeiras onde ao término da música cada um deverá sentar na cadeira onde consta a ficha com o seu nome.

Sugestão de Avaliação: Realizar a brincadeira diversas vezes sempre trocando as cadeiras de lugar.
 
CABRA-CEGA: todo mundo forma uma roda e fica de mãos dadas. Quem for escolhido para ser a cabra-cega fica com os olhos vendados e vai para o meio da roda. A cabra tem de agarrar alguém da roda, que não pode ficar parada: quem estiver do lado para onde a cabra estiver indo foge, quem está do outro lado avança. Se a cabra-cega for esperta, consegue pegar alguém que está atrás dela.

Se a corrente da roda quebrar, o jogador que estiver do lado esquerdo de quem soltou a mão fica a cabra, e a brincadeira começa de novo.
 
Atividades:

1. Crie junto com os alunos um cartaz escrito “Se você for capaz, conte o que você gosta de brincar mais?”. Instigue os alunos a falarem sobre as brincadeiras de que mais gostam. Escreva no cartaz os nomes das brincadeiras citados por elas.

2. Ao lado dos nomes das brincadeiras o aluno vai desenhar a sua brincadeira predileta.

3. Convidar os pais para um dia de “Brincadeiras Folclóricas na Escola” em que pais e filhos brincam juntos.
 
EU VI UM JACARÉ: as crianças ficam em roda, de mãos dadas, e no centro da roda fica uma criança abaixada, que será o jacaré. A roda vai girando e as crianças vão cantando:

EU VI, EU VI UM JACARÉ!

SERÁ QUE ELE PEGA O MEU PÉ?
 
Ao parar a música, as crianças soltam as mãos, e o jacaré tenta pegar um colega da roda, que deve dar três pulos para trás, de maneira que o jacaré não o alcance.

Caso o jacaré não consiga pegar a criança, antes que ela dê os pulinhos, ele voltará para o centro da roda e a brincadeira começará de novo. Quando o jacaré conseguir pegar qualquer criança que está na roda, ela será o seu substituto.

LENCINHO: as crianças ficarão dispostas em um círculo. A professora estará com um lenço (pedaço de pano) nas mãos que será jogado para cima. Ao comando da professora será feito atividades de expressão até que o lenço caia no chão.

Sugestões de atividades: chorar, sorrir, gritar, bater palmas, assoprar...


COLOCAR NA LATINHA: com uma latinha em cima da cabeça, o aluno terá uma pedrinha, feijão, etc... à sua frente, deverá colocá-lo dentro da latinha sem deixá-la cair.

Variações: colocar uma colher, mudar a latinha de lugar.
 
O TÚNEL ESCURO: venda-se os olhos do aluno. Ao sinal, deve transpor o túnel, com o objetivo de não tocar nas linhas.
Por Daina Maia





Um comentário:

Rebeca disse...

Oi Maristela, como está vc e a Laura?
u fazia todas essas brincadeiras na rua com os amiguinhs e na escola tb. A minha infância eu passei em Bh e boa parte da minha vida estudantil eu morava no interior de Minas, onde essas brincadeiras são comuns. Aqui na capital hoje em dia eu vejo que ficou um pouco esquecido, o que é uma pena. O medo faz as pessoas ficarem cada vez mais introspectivas, o que dá vazão ao video game e computador em tempo integral.
É ótimo que os professores estimulem o convívio social por meio dessas brincadeiras. Assim nossas crianças saem do mundo virtual e aprendem a viver melhor no mundo real rsrsrs
Eu sou blogueira e gosto muito das facilidades da internet, mas quero muito que meu filho tenha uma infância como a minha, com brincadeiras de roda e canções folclóricas.

Beijos